Ontem participei do Concurso de oratória da Seicho-No-Ie e resolvi compartilhar com vocês o meu texto.
Não vou postar na íntegra e sim o primeiro que escrevi, pois eu precisei prolongar para dar o tempo adequado que era de 7 a 9 minutos.
"Você já sentiu vergonha de expressar amor por alguém? Já demorou a responder sobre o que é o amor? Provavelmente a resposta será sim. Quando decidi falar sobre esse tema me senti desafiada e também empolgada, porque ao mesmo tempo em que ele é simples, ele é complexo, e ao mesmo tempo em que todos falam sobre ele, poucos conseguem defini-lo.
Como ele surgiu? Eu acredito que não surgiu, ele faz surgir. O amor sempre existiu e criou nossa existência, criou esse mundo. Nós somos manifestação do amor de Deus, somos o próprio amor.
Apesar de ser a base de tudo, o amor é nada sem complementos, é nada sem atitude, sem coragem, sem sabedoria, sem disciplina. Não basta ele existir, tem que ter um alvo, um propósito. Não adianta amar sem demonstrar, amar sem ensinar, amar sem fazer o outro feliz.
Algumas pessoas tem medo de amar porque pensam que vão se machucar, se decepcionar, mas será essa a finalidade do amor? Será que ele espera ser reconhecido, espera recompensas? “Eu só amo quem me ama”. Muitas vezes já pensei assim. Mas quem ama não espera ser amado, unicamente ama e raramente entende a razão. Ele nasce sem explicação porque não tem. Deus não criou o homem com o intuito de ter algo em troca, criou por que foi um sentimento natural que já estava transbordando.
Nós sentimos o amor de diversas maneiras. Amor aos pais, aos amigos, aos filhos, a Deus. São inumeráveis as manifestações de amor, isso não é misterioso? Analisando cheguei à conclusão de que o amor é um só, mas é tão grande que se dividiu dessa forma.
O amor conjugal é o que a maioria das pessoas busca. Se colocássemos em uma escala, estaria em primeiro lugar do que faz as pessoas mais felizes. Imagino que seja porque através desse amor possuímos o mesmo poder de Deus que é criar outras vidas. Através do amor conjugal surge o amor maior, que é dos pais pelos filhos.
Por outro lado o relacionamento conjugal é o que mais faz as pessoas sofrerem. Provavelmente quando confundimos paixão com amor e é o mais comum de acontecer. Mas o amor nunca será esquecido nem destruído, mesmo que nessa vida não se manifeste. O mais bonito disso tudo é que as metades de uma alma podem não se unir por um momento, mas esse amor sempre existirá, não importa o que aconteça, será sempre o elo invisível e indestrutível entre elas.
Há uma música que diz o seguinte “eu cuido de você e você cuida de mim”. O amor também é isso, é cuidar do outro. Um exemplo, criticamos tanto os políticos, mas já paramos para pensar se estamos cuidando das pessoas? Eles não são pessoas separadas da sociedade, são a própria sociedade, estão nos representando, eles são o reflexo do que realmente somos. Se queremos mudar nossa cultura será imprescindível começarmos a cuidar um do outro com todo o nosso amor.
O amor é capaz de realizar tantas coisas que não podemos imaginar e entender, vai além da nossa compreensão. Podemos falar a vida inteira sobre ele e será insuficiente para defini-lo, ou talvez ele seja indefinível. Mas, sinceramente, é melhor amar do que explicar, é melhor viver do que sonhar, é melhor ser feliz do que tentar. O Amor é uma palavra tão pequena e que abrange o infinito, assim como nós, aparentemente pequenos, mas infinitamente grandes."
Beijos,
Cinthia Romano.
aaadorei! parabéns pelo texto e pela sua oratória! To sabendo que vc arrasou!
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