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SP-Ecoera (dia 2)

Sábado foi o segundo e último dia do SP-Ecoera 4 que comentei aqui. Aprendi muito com as palestras, foi bom ouvir relatos de pessoas que estão praticando coisas boas por ai e fazendo a diferença nesse mundo, fiquei feliz mesmo. Vou resumir pra vocês um pouquinho do que aconteceu lá. 



O primeiro bate-papo foi sobre moda transparente com Fernanda Simon, coordenadora do Fashion Revolution Brazil, Lala Deheinzelin, especialista em economia criativa e desenvolvimento sustentável, Denise Chaer, trabalha com sustentabilidade empresarial e Fraçois, co-fundador da Vert Shoes. 


Várias fichas caíram durante o evento, uma delas é que a solução do problema não está em quem produz roupas de forma inadequada que prejudica o meio ambiente e utiliza trabalho escravo. Está em nós, consumidores, que muitas vezes compramos sem saber o porquê, sem se importar com o processo que existe por trás da roupa que nos veste. Essa situação só vai começar a mudar quando cada um de nós se aceitar exatamente como é e não precisar mais de artefatos para tentar suprir a autoestima que falta. Eu me incluo nessa lista, muitas vezes já comprei por impulso e só agora estou criando essa consciência. Algumas das frases que a Lala disse me despertaram para isso e foram as seguintes: "Consumo é consequência do desconforto, nós nos comparamos a outras coisas e pessoas" "A chave da sustentabilidade está na mentalidade"


A Fernanda apontou um dado que eu desconhecia. A produção de algodão quase triplicou nos últimos 30 anos e ele não é nada ecológico, pois utiliza muita água e pesticida. Já comentei aqui no blog que o algodão seria uma alternativa de tecido que menos agride o meio ambiente, mas depois dessa informação muitas pessoas vão pensar "Se tudo prejudica o meio ambiente, então vamos sair nus na rua?". 
Infelizmente por enquanto não tem como não usar esses tecidos, o que podemos fazer para amenizar é buscar soluções mais inteligentes, como alguns exemplos que citaram no evento: comprar em brechós, apoiar marcas que trabalham de forma sustentável (não 100% porque é impossível ser), comprar peças úteis e não descartáveis... enfim, nós temos boas opções de compras, basta criarmos esse hábito. 
O consumo deve ser um prazer benéfico e não superficial, que contribua com a economia e não seja apenas mais um produto que em breve se tornará um lixo.

Coquetel orgânico - Castanha de Baru

O segundo tema abordado foi "Uma nova forma de consumir" e teve as participantes Flávia Aranha, Cristiane Bertolucci (Coletivo Feito a mão), Thais Lima (American Apparel) e Luciana (Brechó Associação Santo Agostinho).



O que mais me deixou otimista nas palestras dessas pessoas foi o fato delas se preocuparem com o bem estar dos funcionários, com os clientes e como se sentiam realizadas por isso. Eu acredito que a verdadeira felicidade está em usar nosso talento em benefício do maior número possível de pessoas, não adianta o objetivo ser unicamente o sucesso financeiro, ele é apenas consequência. Deixo aqui registrado minha admiração por essas pessoas e elas já são um espelho que tenho para seguir minha carreira profissional.

Beijos.

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